A Delegacia de Estelionato e Desvios de Cargas está iniciando um processo de identificação e comparação de suspeitos de desvio de dinheiro da conta de clientes do Banestado/Itaú. será usado o sistema digital de câmeras de agências de Curitiba e Londrina.
São centenas de suspeitos que começam agora a ser identificados com o apoio logístico do banco e o testemunhal dos clientes envolvidos. "São pessoas que entraram nas agências e efetuaram saques. A identificação será feita através de um processo demorado e que depende muito do reconhecimento das vítimas", afirmou o delegado Cícero José.
O inquérito para apurar os responsáveis pelo sumiço de dinheiro de pelo menos 74 clientes do banco, num valor estimado de R$ 250,00, já completou 30 dias. Ele deverá ser remetido agora para a Justiça para a prorrogação de prazo. Os saques foram feitos em agências de Curitiba e Londrina em meados do mês de junho. Todo o dinheiro sacado indevidamente foi reposto pelo Banestado/Itaú.
No início das investigações, suspeitava-se que a retirada de dinheiro pudesse ter sido feita por hackers (especialistas em computação que fazem atos de pirataria na rede). Agora, a principal suspeita é a de negligência do cliente. "Em todas as operações houve negligência do cliente. Tem muito caso de cliente que foi observado durante o momento em que fazia consulta no terminal", explicou o delegado.
O diretor de Relações Institucionais do Banestado/Itaú, Aldous Galetti, disse que a comissão interna do banco continua investigando as causas do desvio de dinheiro das contas correntes. Ele aposta em ação externa. Entre as elencadas por Galletti estão o roubo de carteiras com cartões e a senha anotada em papéis guardados, senhas óbvias (que contém data de nascimento, ano de nascimento, número de identidade ou CPF), observação simples nas operações em terminais. Outra forma detectada de fraude é a sequência de ligações para clientes de supostos funcionários que acabam pedindo a senha para fazer alguma alteração bancária.