A polícia concluiu que foi a advogada Carla Cepollina, 40, quem matou com um tiro, no dia 09 de setembro, o coronel reformado da PM e ex-deputado estadual, Ubiratan Guimarães, 63. O corpo do coronel foi encontrado na noite de domingo (10) no apartamento onde morava, nos Jardins (SP), com a marca de tiro no abdômen e enrolado em uma toalha.
Apesar de Carla, ex-namorada de Guimarães, negar a culpa, ela já havia sido indiciada por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
O delegado Armando de Oliveira da Costa Filho deve encaminhar o inquérito ao juiz Richard Francisco Chequini, do 1º Tribunal do Júri da Capital, na próxima segunda-feira (16). Se a acusação for aceita pela Justiça, Carla será processada.
O coronel Ubiratan Guimarães coordenou a invasão ao presídio do Carandiru em 1992, resultando na morte de 111 presos assassinados.
Devido ao massacre do Carandiru, Ubiratan chegou a ser condenado a 632 anos de prisão pela morte de presos no pavilhão 9, mas em fevereiro passado o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou recurso e o absolveu. A decisão gerou protestos de órgãos nacionais e internacionais de defesa dos direitos humanos.