Policiais militares resgataram três mulheres que eram mantidas em cativeiro e seriam julgadas por um tribunal do crime da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), na manhã desta segunda-feira (1º) em Campinas, interior de São Paulo.
As vítimas haviam sido sequestradas na manhã de domingo (30) e eram mantidas reféns em um quarto pequeno, em uma casa do bairro Cidade Singer, vigiadas por quatro homens ligados à facção. Presos, os quatro suspeitos alegaram que levariam as vítimas para o "julgamento" em Jundiaí, cidade da região.
Conforme a Polícia Civil, os policiais do 47º Batalhão da Polícia Militar foram avisados de que uma mulher estava muito ferida na Rua 4 do bairro e fizeram a abordagem. A vítima tinha várias fraturas e o corpo marcado pelo espancamento. Ela não conseguia falar, mas conseguiu rabiscar em uma folha de papel o endereço e algumas características dos agressores.
Leia mais:
Homem foge da polícia por estradas rurais, mas acaba morto em confronto em Londrina
Homem invade casa de ex-companheira, a esfaqueia no seio e acaba preso em Apucarana
Casal afirma ter sido vítima de agressões verbais e físicas por grupo de pessoas em Apucarana
Homem acusado de atear fogo no rosto da esposa é preso em Londrina
Ao chegar à casa indicada, os policiais detiveram um homem que deixava o local e ouviram gritos de socorro vindos do interior do imóvel. A PM entrou na casa e, após prender outros três homens que vigiavam o cativeiro, localizou as jovens presas em um quarto em que havia apenas um colchão.
Aos policiais, um dos suspeitos contou que era "disciplina" da facção na região de Campinas e o grupo levaria as mulheres para "julgamento" no local conhecido como "torneira" (ponto de tráfico), no Jardim São Camilo, em Jundiaí.
O "tribunal" aconteceria às 9 horas desta segunda. Os suspeitos e as vítimas foram levados para a 2ª Delegacia Seccional de Campinas. Eles foram presos em flagrante por sequestro e cárcere privado. A mulher agredida foi levada para um hospital e não havia informações sobre o estado de saúde dela. A polícia acredita que ela também foi vítima dos integrantes do PCC.