A Polícia Federal faz, nesta quinta-feira (20) uma operação contra uma rede criminosa que vendia medicamentos falsificados para órgãos públicos.
Leia mais:
Jô segue preso em MG por calote de pensão e terá audiência de custódia
PM que jogou rapaz de ponte em São Paulo vai responder por tentativa de homicídio
Homem embriagado é preso acusado de atirar pedras contra crianças na região de Apucarana
Padrasto é preso por abusar sexualmente de enteada dos 6 aos 17 anos em Maringá
As investigações indicaram que uma empresa vencedora de uma licitação em 2022 para fornecer imunoglobulina ao Hospital Geral de Curitiba estaria envolvida no fornecimento dos medicamentos falsificados. As informações foram fornecidas à PF pela Polícia Civil do Paraná.
Após a apreensão dos produtos, a PF confirmou a falsificação completa dos remédios, desde as caixas, falsamente identificadas, até a sua composição, na qual se constatou a ausência de imunoglobulina, como deveria conter.
A imunoglobulina é um medicamento feito à base de plasma sanguíneo e que pode ser usado no tratamento de diversas doenças, entre elas a Aids e outras imunodeficiências.
De acordo com as investigações, os remédios tinham origem na Bolívia. Os principais suspeitos do crime são dois estrangeiros, sendo um deles estudante de medicina.
O grupo criminoso conseguiu vender aproximadamente R$ 11 milhões em medicamentos falsificados de imunoglobulina para órgãos públicos no estado do Paraná.
No ano de início da operação, a Bayer, uma das empresas farmacêuticas que vende o remédio original, se manifestou sobre o caso por meio de comunicado, em que alertava os clientes sobre a fraude.
"Comunicamos que a Bayer S/A, por meio de reclamação de mercado recebida pelo seu SAC, tomou conhecimento de que o produto Gamimune N.5% está sendo comercializado com sua logomarca, o que trata-se de fraude, uma vez que que referido produto nunca foi produzido, importado, nem tampouco comercializado pela empresa", diz trecho da época.
No momento, estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva, além de sequestro de bens, em cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
Os envolvidos devem responder pelos crimes de associação criminosa, fraude à licitação e falsificação de medicamentos.