Em apenas dois dias, a Polícia Federal apreendeu no Paraná mais de 2,5 toneladas de maconha. A maior carga -1,517 tonelada - foi encontrada nesta quarta-feira à tarde numa barreira montada na BR-277, em Santa Terezinha de Itaipu (25 km ao nordeste de Foz do Iguaçu). Esta foi a maior apreensão realizada este ano na região da tríplice fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina). A droga, escondida num fundo falso da caçamba de um caminhão, foi avaliada em cerca de R$ 500 mil.
As outras apreensões aconteceram na terça-feira, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba - 543,210 quilos - e também em Foz, em favela próxima à Ponte da Amizade - 498 quilos.
Nesta quarta, em Foz, a apreensão aconteceu às 14 horas, quando o Scania, modelo 608 D, conduzido por Antônio Belo Alves, 37 anos, foi parado na rodovia. Segundo a PF, o motorista tentou fugir durante a abordagem, o que levantou suspeitas, levando os agentes a revistar o interior do veículo, com placa de Nova Londrina, norte do Paraná.
A caçamba guardava móveis com objetivo de encobrir o fundo falso, afirmou o delegado Cezar Luiz Busto de Souza. ''Ele estava com a mulher e duas crianças. A intenção era simular uma mudança'', contou Souza.
Alves disse à PF que não tinha conhecimento da maconha, mas confessou que ''transportava um produto ilícito'' até Toledo em troca de R$ 1 mil. O motorista foi autuado por tráfico de drogas. Os passageiros seriam liberados, caso não fosse encontrado indícios contra eles.
Já a carga encontrada na Grande Curitiba estava em um caminhão escondido em um barracão em São José dos Pinhais. A carga de maconha veio do Paraguai em um caminhão tanque que transportava óleo vegetal. A carga foi descarregada em São Paulo e o caminhão, com placas do Paraguai, retornou ao Paraná para descarregar a maconha.
Junto com a droga, a polícia prendeu o chileno Luiz Alberto Rivas Nunes, 47 anos, o paraguaio Antonio Canteiro, 36, o argentino Santiago Nicanor Barrene, 40, e o brasileiro João Carlos de Moraes Barros, 38.
Em depoimento na PF, os integrantes da quadrilha informaram que a maconha pertencia a um paraguaio conhecido apenas como Cristóvão e que receberia a droga para revendê-la em Curitiba e região metropolitana.