A PCPR (Polícia Civil do Paraná) prendeu 134 pessoas por crimes de exploração e abuso infantil entre os dias 1º e 29 de novembro em todo o Paraná. As capturas fazem parte das ações previstas na Operação Hagnos, que foi coordenada pelo Ministério da Justiça em parceria com os 26 estados e o Distrito Federal.
Sob a liderança da delegada Luciana Novaes, chefe da Divisão de Polícia Especializada, a PCPR mobilizou equipes nos Nucria (Núcleos de Proteção às Crianças e Adolescentes Vítimas de Crime), nas Delegacias da Mulher, além de outras delegacias em todo o Paraná. As equipes realizaram ações repressivas, preventivas e de conscientização.
“No Brasil, crianças e adolescentes com até 13 anos representaram mais de 60% das vítimas de estupros de vulnerável em 2023. A PCPR trabalha de forma constante para enfrentar estas estatísticas e promover a segurança dessa população aderindo a campanhas nacionais, como a Hagnos, e também criando e implementando protocolos de atendimento humanizados para as vítimas”, afirma a delegada Luciana.
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Os policiais civis se mobilizaram para dar cumprimento a mandados expedidos contra pessoas investigadas ou condenadas judicialmente por crimes contra crianças e adolescentes, em especial o estupro de vulnerável, resultando em 34 prisões.
A atuação policial foi além do Paraná e mandados foram cumpridos também nos estados de Santa Catarina, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Rondônia. Uma das capturas foi a de um homem que estava foragido há 12 anos pela prática de estupro de vulnerável em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado. Ele foi localizado na cidade catarinense de Indaial e encaminhado ao sistema penitenciário.
Das capturas, 97 aconteceram em flagrante e três adolescentes foram apreendidos, também em flagrante, por delitos praticados contra o grupo foco da operação. Outros 100 suspeitos foram conduzidos às unidades policiais a fim de prestar esclarecimentos.
Ainda, 712 boletins de ocorrência foram registrados, 301 inquéritos policiais instaurados e 235 medidas protetivas de urgência solicitadas, visando aumentar a segurança das vítimas desses crimes. Também foram realizadas oitivas, escutas especializadas e entrega de intimações judiciais.
Ações educativas
Ao longo dos 29 dias da operação, além das atividades de polícia judiciária, ocorreram diversas ações educativas. Foram ofertadas 12 palestras de temas como bullying, ciberbullying e crimes sexuais contra menores de idade. Mais de 1 mil crianças e adolescentes foram impactados em diversos pontos do Paraná.
Além disso, os policiais realizaram panfletagens físicas e virtuais, disponibilizando materiais educativos para um público de mais de 7 mil pessoas.
Hagnos
A operação Hagnos aconteceu ao longo do mês de novembro em todo o país. Foi coordenada pela Secretaria Nacional e Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp), e visou combater, de forma integrada, a violência contra crianças e adolescentes, proporcionando uma proteção efetiva a esse grupo vulnerável.
A ação buscou reforçar a fiscalização e promover a proteção de menores de idade contra abusos, garantindo a segurança e bem-estar. A iniciativa integra a celebração do Dia Mundial da Criança, reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) e comemorado em 20 de novembro.
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