Após quatro anos e cinco meses de espera e cerca de nove horas de sessão, Fernando Inácio Andrade, 24, foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, pela morte de Hannan Silva, na época com 21 anos, no chafariz da praça Rocha Pombo, no centro de Londrina. O tribunal do júri aconteceu na quinta-feira (4), no Fórum Criminal. O réu foi considerado culpado pelos crimes de homicídio qualificado e furto.
A pena foi criticada pela mãe de Hannan, que considerou o período baixo. “Para quem matou, roubou, tirou uma vida e um sonho, foi pouco. Com certeza tinha que ser mais. Mas confio na justiça divina, porque a justiça dos homens é falha. A justiça de Deus nunca falha”, afirmou a atendente Sonia Silva.
O jovem foi assassinado em outubro de 2019. Ele trabalhava no cinema de um shopping na zona leste da cidade e tinha o sonho de ser jornalista. No dia 21, após sair do serviço, Hannan foi atacado por Fernando com o cordão de uma mochila, sendo estrangulado, o que foi flagrado por câmeras de segurança. O criminoso foi preso horas depois com o celular da vítima.
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A investigação da Polícia Civil apontou que Hannan foi até o local para gravar entrevistas com garotos de programa para a produção de um vídeo que seria exibido na internet. Segundo Sonia, reviver a tragédia e ficar frente a frente com o assassino do filho geraram sentimentos de tristeza e indignação.
“Revoltante ver quem tirou a vida do meu filho e não poder fazer nada. Meu filho clama por justiça, mesmo estando morto. Ele (Fernando) estava com aquela frieza. É uma dor que machuca. Passei toda a quinta angustiada e com o coração apertado, pedindo a Deus que a justiça fosse feita. É uma dor sem fim relembrar o fato, ver a forma que o meu filho foi encontrado, o jeito que ele estava”, lamentou.
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