A Polícia Civil do Paraná deflagrou a Operação Lei e Ordem I que culminou na prisão de 68 criminosos na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), nos últimos cinco dias. São 64 homens e quatro mulheres.
A ação foi determinada pelo secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Fernando Francischini. "Essa é uma operação permanente para cumprir mandados de prisão, principalmente por roubo, latrocínio, homicídio e tráfico de drogas", afirma ele.
Os 68 presos tinham contra si um total de 100 mandados de prisão. Desse total, 30 são pelo crime de roubo, 17 por homicídio, 11 por furto e cinco por tráfico. Os outros 37 referem-se a outras infrações penais, como estelionato e receptação. "Tirando esses bandidos de circulação evitamos que se cometam outros crimes, o que vai contribuir para a redução dos índices de criminalidade na região e também na capital", avalia o delegado-titular da Divisão Policial Metropolitana (DPMetro), Hamilton Cordeiro da Paz Junior.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Julio Cezar dos Reis, a ação continuará em outras divisões policiais do Estado. "Já iniciamos o trabalho de identificação e de planejamento, antes das unidades começarem a ir às ruas", antecipa.
VISTORIAS EM CARCERAGENS – Como resultado das vistorias feitas em carceragens de delegacias e cadeias públicas do interior do Estado, procedimento determinado pelo secretário da Segurança Pública, houve a apreensão de 562 celulares que estavam com os detentos.
"O resultado se refere a ações desenvolvidas do início do ano até agora, em 120 carceragens vistoriadas, muitas delas, mais de uma vez", conta o delegado-titular da Divisão Policial do Interior (DPI), Valmir Soccio, que conduziu os trabalhos.
Além dos aparelhos celulares, foram encontrados 295 carregadores, 395 baterias, 156 chips e 363 artefatos e armas artesanais, juntamente com pequenas armas brancas e serras. "Nós não podemos concordar que dentro de uma delegacia de polícia nós tenhamos presos comandando o crime aqui fora. Então esta é nova determinação desta nova equipe e vai ser realizada rotineiramente", diz o secretário da Segurança Pública.
TORNOZELEIRAS – Francischini ressaltou que a Operação Lei e Ordem I trouxe à tona casos de repercussão nos últimos dias. "Um deles era um preso que estava com uma tornozeleira eletrônica e que tinha um novo mandado de prisão expedido", complementou.
O secretário reafirmou que é a favor do uso da tornozeleira eletrônica para crimes menores, mas que o projeto precisa de correções. "Somos contra a tornozeleira para assaltante, traficante de drogas, membro de facção criminosa e preso já condenado por crime de tráfico de drogas, porte ilegal de armas e outros crimes graves".
Francischini também contou que se reuniu com o governador Beto Richa para tratar do assunto. "Estamos fazendo uma relação de todos os presos que estão com tornozeleira eletrônica e os crimes aos quais foram condenados. Vamos encaminhar oficialmente nesta tarde ao procurador-geral do Estado, Gilberto Giacóia, para que, conforme entendimento que eu tenho com ele, os profissionais que atuam nas Varas de Execuções Penais possam tomar as medidas cabíveis de acordo com cada caso específico".
De acordo com o secretário, foi marcada uma reunião com a equipe do Departamento de Execução Penal (Depen) para definir a utilização de outras 3 mil tornozeleiras eletrônicas que estão disponíveis, para os presos que cometeram crimes leves e sem emprego de violência.