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Investigação

Mulher é presa em Goiás por suspeita de matar ex-sogro e a mãe dele com doces envenenados

João Pedro Pitombo - Folhapress
21 dez 2023 às 17:19
- Divulgação
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A advogada Amanda Partata, 31, foi presa pela Polícia Civil de Goiás nesta quarta-feira (20), na cidade de Aparecida de Goiânia, por suspeita de envenenar e matar o ex-sogro e a mãe dele.


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Leonardo Pereira Alves, 58, e Luzia Alves, 86, morreram no último domingo (17) após darem entrada em um hospital com sintomas de uma possível intoxicação alimentar. A hipótese, contudo, foi descartada após investigação da polícia, que trabalha com a tese de envenenamento.

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O advogado de Amanda Partata, Carlos Márcio Rissi Macedo, foi procurado nesta quinta-feira (21), mas sua equipe informou que ele só vai se pronunciar sobre o caso após a audiência de custódia.

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As investigações da Polícia Civil apontaram que Leonardo e Luzia, que vivem no mesmo imóvel, receberam uma visita de Amanda Partata no domingo, ocasião em que ela levou doces para o café da manhã.


Cerca de três horas depois de consumirem os alimentos, mãe e filho sentiram dores abdominais, vômitos e diarreia. Eles chegaram a ser atendidos no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas morreram horas após o internamento.

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A Polícia Civil inicialmente suspeitou de uma possível intoxicação alimentar, mas a hipótese foi descartada após análise da Polícia Técnico-Científica.


Os peritos informaram que a situação não era compatível com uma morte por intoxicação alimentar, já que em casos como esse é maior o tempo de incubação das bactérias no organismo. Desta forma, seria maior o tempo entre a possível ingestão do alimento e a morte das vítimas.

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"A situação se assemelhava com um envenenamento. De imediato começamos as investigações para se mostrasse uma linha de alguém com motivo ou a intenção de se praticar mal para aquelas vítimas", afirmou o delegado Carlos Alfama, responsável pelas investigações.


A polícia identificou que a única pessoa estranha a ir à casa da família naquele dia foi a ex-nora Amanda de Leonardo e que ela havia levado comida de uma padaria para tomar café da manhã com eles.

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No domingo, depois de tomar café da manhã com a família do ex-namorado, Amanda seguiu para a cidade de Intubiara (208 km de Goiânia), onde vivia. Horas depois, ela recebeu uma ligação de Leonardo, que afirmou que ele e a mãe estavam se sentindo mal.


Por volta de 0h de segunda-feira, já depois de ter sido informada sobre a morte do ex-sogro, Amanda deu entrada em um hospital em Intubiara.

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No local, segundo informações da polícia, Amanda teria tentado se suicidar ingerindo remédios. Por volta das 12h, ela foi encaminhada para um hospital psiquiátrico na mesma cidade.


Amanda manteve uma relação com o filho de Leonardo até 27 de julho, quando terminaram o relacionamento.

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As investigações da Polícia Civil apontaram que, desde então, ela vinha fazendo ameaças de morte ao ex-namorado e seus familiares por meio de perfis falsos em redes sociais, ligações e mensagens de SMS. Uma das mensagens enviadas para o celular dele dizia: "Depois não adianta chorar sob o sangue deles".


Amanda Partata foi presa na quarta-feira no hospital psiquiátrico em que estava internada e levada para uma unidade prisional de Goiás.


Ela será investigada por suspeita de duplo homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por meio de envenenamento.


Em entrevista nesta quinta-feira, a Polícia Civil informou que recebeu denúncias sobre o possível envolvimento de Amanda em outros crimes como estelionato e aliciamento de menores.


Ela se apresentava como psicóloga nas redes sociais. Segundo a polícia, contudo, ela não possui cadastro ativo no Conselho Regional de Psicologia de Goiás.


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