Polícia

Mulher acusada de matar a própria filha pela guarda do neto é presa em Marilândia do Sul

12 mai 2024 às 16:22

Tânia Djanira Melo Becker de Lorena, que estava foragida havia 17 anos, foi presa neste sábado (11) pela PM (Polícia Militar) do Paraná, em Marilândia do Sul. Ela é acusada de assassinar a própria filha, Andréa Rosa de Lorena, para ficar com a guarda do neto.


Tânia foi presa por agentes do 10° Batalhão da PM em uma residência em Marilândia do Sul, no norte do Paraná. Ela foi localizada graças a uma denúncia anônima e não ofereceu resistência à prisão.


Foragida, usava o nome falso de "Lourdes", segundo informou a PM. Após a prisão, ela foi encaminhada ao Sistema Prisional de Apucarana, também no norte do estado.


Ela foi localizada dois dias após o programa Linha Direta apresentar o caso, que chocou o país em 2007. O programa recontou a história que ocorreu no tranquilo município de Quatro Barras, no Paraná, onde a vida de Andréa Rosa de Lorena, de 23 anos, tomou um rumo trágico.


ENTENDA O CASO


Andréa morava com a mãe, Tânia, de 42 anos, e seus dois filhos: Lucas, de 5 anos, e uma bebê de 9 meses. A harmonia entre as duas foi abalada quando Andréa sofreu um acidente de moto, levando-a a se mudar para a casa do pai. Tânia decidiu manter a guarda de Lucas, resultando em um conflito judicial com a própria filha.


Andréa e as crianças desapareceram após um almoço. Tânia e seu companheiro, Everson Luiz Cilian, visitaram Andréa para um almoço em família, juntamente com Juliano Saldanha, companheiro de Andréa. Após Juliano sair mais cedo para trabalhar, ele retornou ao lar e encontrou apenas Tânia e Everson com as crianças.


Tânia informou que Andréa havia saído com sua irmã, mas a verdade é que a filha já estava morta. Após uma busca frustrada pelas crianças, Juliano acionou a polícia. Dois dias depois, ele descobriu o corpo de Andréa escondido sob a cama do casal, estrangulada com um fio elétrico.


Tânia foi denunciada pelo MP-PR (Ministério Público do Paraná) em dezembro de 2007 por homicídio triplamente qualificado. O UOL tentou obter mais informações junto ao MP-PR, mas até o momento o órgão não havia respondido aos questionamentos. A defesa de Tânia não foi localizada.


Ouvida pelo UOL, a advogada de Juliano, Tais Lorena de Sá, afirmou que a família agora quer punição máxima da Justiça. "Nesse momento, após tanto tempo do crime, a família encontra-se aliviada, esperando que Tânia seja levada a julgamento com a devida condenação e a aplicação máxima da pena", disse.



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