Polícia

Justiça ouve acusados de integrar quadrilha

10 out 2002 às 10:59

O juiz Hélio Engelhardt, de Rio Negro (109 km a sudoeste de Curitiba), ouviu nesta quinta-feira nove das 26 pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha de roubo que cargas que vinha atuando no interior de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Conforme denúncia do Ministério Público, a quadrilha seria chefiada por Mário Fogassa, que teria inclusive apoio de políticos do Paraná para manter-se em liberdade.

Nesta quinta-feira foram ouvidos pela Justiça Cleverson Hubner, Carlos Hubner Neto, Claucia Hubner, Luiz Carlos Sampaio, Venícius Loius Quintino, Adriano José da Silveira, Ezequiel Schivitaiky, André de Souza e Arlindo Donato.


Os demais acusados, que são funcionários públicos, têm direito à defesa preliminar. São eles o delegado Armando Marques Garcia, o superintendente Hélcio Piasseta, o tenente da Polícia Militar Adilar Marcelo Lima, e o assistente de segurança Alécio José Lemos. A delegada Margareth Mota continua foragida. Ontem o corregedor-geral da Polícia Civil, Adauto de Oliveira, disse que hoje se iniciam as buscas para prender Margareth. ''Por três vezes ela prometeu se apresentar e não cumpriu a promessa. Agora vamos procurá-la para cumprir o mandado de prisão'', informou.


Ele disse ainda que já está em andamento o processo que investiga de que forma duas armas da Polícia Civil foram parar numa chácara do deputado Carlos Simões (PTB). O deputado possui um documento, que é autêntico, autorizando a posse. Porém, segundo Adauto, jamais essas armas poderiam ter sido oferecidas a pessoas comuns, que não integrem os quadros das polícias do Paraná. O agravante é que essas armas foram entregues a um funcionário do deputado, que tem antecedentes criminais.


O delegado Armando Garcia espera para esta sexta-feira o julgamento do agravo ajuizado pelo seu advogado, Antônio Figueiredo Basto, contra a decisão do desembargador Darcy Nasser de Melo, que negou o pedido de habeas corpus. Garcia está preso desde o final do mês de setembro, acusado pelo Ministério Público de ser o responsável por fazer a distribuição do dinheiro da propina obtida junto a Fogassa, em troca da liberação de cargas roubadas.


*Leia mais na edição desta sexta-feira da Folha de Londrina

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