Polícia

Idosas de origem japonesa são vítimas de estelionato

12 out 2003 às 19:52

A cena já é conhecida dos policiais. No caixa eletrônico do banco, o sujeito chega, se oferece para ajudar na transação e, quando a vítima percebe, o gesto de boa ação não passava de mais um golpe de estelionato. Hoje, uma aposentada de 66 anos prestou queixa na 10ª Subdivisão da Polícia Civil (SDP) de Londrina denunciando mais um desses casos.

A vítima, uma senhora de origem japonesa, preferiu não se identificar. Ela contou, porém, que sacaria o dinheiro da aposentadoria em uma agência localizada no Calçadão (área central) quando um homem magro, aparentando 25 anos, de cor branca e bem vestido, aproximou-se e se dispôs a ajudá-la. ''Depois que eu digitei a senha, ele me disse que o dinheiro sairia apenas nos caixas. Fui até lá, chequei que meu saldo estava quase vazio, mas era tarde, o rapaz já tinha fugido'', lembra. Total da perda: R$ 800, de uma aposentadoria de R$ 820.

Apesar de serem várias as recomendações contra o estelionato, investigadores da Civil comentam que esse tipo de crime é bem comum na cidade. ''Principalmente entre idosos. Mas a maioria, cerca de 80%, entre senhoras da comunidade nipônica: o bandido pensa que ou ela foi para o Japão e voltou com uma grande soma em dinheiro, ou tem parentes morando lá que lhe mandam'', explicou o investigador Cláudio Márcio Silva, que dá algumas dicas.

A primeira é jamais pedir ajuda a estranhos no momento de usar o caixa eletrônico, pois os funcionários do banco têm de possuir identificação.

''Outro conselho é sacar o dinheiro diretamente com os caixas, e não deixar para sacá-lo todo de uma vez. Os estelionatários normalmente agem em início de mês, na época de chegar o salário'', alerta o investigador Gustavo Criveri. Se condenado, o autuado por esse tipo de crime pode pegar de três a sete anos de prisão.


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