Polícia

Homem é preso com munição de AR 15, pistola e cocaína

21 fev 2003 às 19:51

Três quilos e meio de cocaína e uma farta munição de grosso calibre foram apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na quinta-feira à noite, em Santa Terezinha de Itaipu (25 km a nordeste de Foz do Iguaçu). As mercadorias estavam na bagagem de um passageiro que viajava num ônibus da Expresso Maringá, linha Foz a Londrina.

O desempregado Pedro Soares, 44 anos, foi detido com 3,560 quilos de cocaína (metade em pasta), 3.720 balas de fuzil AR 15 e 2.350 balas para pistola 9 milímetros. Ele foi flagrado numa blitz no posto de fiscalização da BR-277. Segundo a Polícia Rodoviária, o nervosismo do passageiro durante a revista o denunciou.


Residente em Foz do Iguaçu, o homem contou aos patrulheiros que receberia R$ 1 mil para levar as duas malas (o entorpecente seria de origem colombiana) até São Paulo. Indiciado por posse ilegal de munição e narcotráfico, ele foi encaminhado à Cadeia de Três Lagoas.


Para o delegado-chefe interino da Polícia Federal em Londrina, Luiz Pontel, a munição provavelmente era destinada a quadrilhas bem estruturadas, especializadas em assaltos a bancos ou sequestros, ou até mesmo para proteção de narcotraficantes. De acordo com o delegado, não é comum que cargas de contrabando desse tipo sejam encontradas em ônibus de linha. ''Geralmente, munição é contrabandeada em carros particulares ou caminhões'', disse.


Mas, segundo ele, a Polícia Federal está atenta à facilidade que as linhas regulares de transporte oferecem aos contrabandistas, principalmente em Londrina que, de acordo com o delegado, funcionaria como um ''entreposto'' das rotas que se originam no Paraguai, Argentina e Mato Grosso do Sul. ''Frequentemente estamos realizando operações na Rodoviária e na divisa com São Paulo, e sempre encontramos alguma coisa'', explicou. A última apreensão, segundo ele, ocorreu na semana passada, quando um passageiro foi preso com cocaína líquida dentro de uma peça de trator.

Sobre o valor da munição apreendida em Santa Terezinha de Itaipu, Pontel não quis se pronunciar já que, para ele, isso seria ''apologia ao crime''. ''Poderia estimular outros a tentar entrar nessa'', afirmou.


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