Nesta terça-feira (23) a PCPR (Polícia Civil do Paraná) está nas ruas para cumprir 83 mandados em quatro estados contra uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A operação ocorre em diversas cidades nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Alagoas.
São 21 mandados de prisão e 37 de busca e apreensão e cerca de 150 policiais civis participam da operação, com o apoio das Polícias Civis dos respectivos estados.
Os mandados estão sendo cumpridos simultaneamente em Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Cascavel, Lapa e Piraquara, no Paraná; em Balneário Camboriú, Itapema e São Francisco do Sul, em Santa Catarina; em São Paulo e Paranapanema, em São Paulo; e em Maceió, capital de Alagoas.
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O objetivo da PCPR é também a descapitalização das associações criminosas, através do bloqueio de contas bancárias, apreensão de veículos e ordens de sequestro de bens. Essas ações visam enfraquecer financeiramente a estrutura da organização criminosa.
INVESTIGAÇÃO
As investigações iniciadas em maio de 2022 revelaram que os integrantes do grupo lavavam dinheiro por meio de empresas de revenda de veículos de luxo, lojas no ramo alimentício e barbearias localizadas em Curitiba, Santa Catarina e São Paulo.
Durante o período investigado, a organização criminosa movimentou mais de R$ 252 milhões. Uma das empresas de revenda de veículos foi responsável por movimentar mais de R$ 30 milhões em benefício do líder da organização.
Além disso, foram identificadas práticas de ocultação de patrimônio através da aquisição de veículos e imóveis de luxo e o envolvimento do grupo criminoso em homicídios de narcotraficantes rivais, motivados pela disputa pelo controle do tráfico de drogas no bairro Cajuru, em Curitiba.
Pelo menos sete homicídios ocorridos na Capital podem estar relacionados ao grupo investigado e à disputa pelo controle do tráfico na região.
Um dos líderes da organização, um homem de 36 anos, foi morto com pelo menos 20 tiros no dia 28 de maio no estacionamento do shopping Pátio Altiplano, em João Pessoa, na Paraíba. O crime ocorreu por volta das 15h30 no subsolo do prédio.