O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organização (Gaeco) prendeu nove pessoas na manhã desta sexta-feira (9), pelo crime de adulteração de combustíveis no norte do Estado. Foram expedidos, ao todo, 11 mandados de prisão pelo juízo da 2ª Vara Criminal de Londrina.
A investigação revelou em três meses, que agentes misturavam solvente, álcool anidro e corante e revendiam o produto como gasolina em cidades da região. A fraude foi constatada em Londrina, Cambé, Arapongas e Marialva. A mistura era feita em posto de combustível desativado em Uraí.
A organização do grupo chamou a atenção do Gaeco. ''Dois homens eram responsáveis por fazer a mistura, outro intermediava a negociação. Havia também o condutor do caminhão que transportava o combustível adulterado para os postos e outras pessoas que financiavam tudo'', detalhou o delegado do Gaeco, Alan Flore.
Entre os detidos estão quatro donos de postos de combustível, sendo um de Londrina e outro de Cambé (As prisões ocorreram em Londrina, Maringá, Arapongas e Apucarana). Policiais também apreenderam vasta quantidade de documentos e caminhão-tanque com 15 mil litros de combustível adulterado. "Há evidências na participação de outras pessoas", revelou o promotor Claudio Esteves. A princípio, a investigação revelou o comércio do produto adulterado em apenas quatro postos. "Certamente houve distribuição em outros", afirmou.
O Gaeco tem dez dias para conclusão do inquérito. Os presos vão responder por crimes conta a ordem econômica e relações de consumo, além de formação de quadrilha. A pena para cada integrante pode passar de oito anos de reclusão.
O Ministério Público também deve pedir a interdição do único posto que revendia produto adulterado em Londrina. "Vamos comunicar a Agência Nacional do Petróleo e pedir fechamento do comércio", afirmou o promotor de Defesa do Consumidor, Miguel Sogayar.