Polícia

Gaeco cumpre mandados em investigação de possível lavagem de dinheiro envolvendo ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa

12 jul 2023 às 18:08

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MP-PR (Ministério Público do Paraná) – em ação conjunta com os Gaecos de Goiás e Minas Gerais – cumpriu nesta quarta-feira (12) sete mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Curitiba. Um dos mandados foi cumprido no Paraná, e os demais em Goiás (quatro) e Minas Gerais (dois).


Segundo o Gaeco, as investigações apuram possível crime de lavagem de dinheiro por meio da exploração agrícola de áreas relacionadas a um ex-diretor-geral da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) que foi o alvo principal das operações Diários Secretos e Ectoplasma – as áreas estão sob sequestro judicial.


Foram apreendidos telefones celulares, computadores e documentos, além de R$ 1.147.272,00 em espécie encontrados no endereço de um dos investigados em Minas Gerais.


A ação deflagrada é continuação da que foi desencadeada em 2 de setembro de 2021. Naquela ocasião, foram 16 mandados de busca e apreensão em investigação que apurava possível associação criminosa que estaria atuando para ocultar valores pertencentes ao ex-diretor geral da Alep.


As ordens judiciais foram cumpridas no Paraná, em São Paulo e em Goiás. O ex-diretor geral é réu em diversas ações propostas a partir de investigações do caso que ficou conhecido como “Diários Secretos” e que apuraram desvios de recursos públicos na Assembléia Legislativa.


Dois mandados foram cumpridos em Curitiba, um em Ribeirão Preto (SP), dois em Ipuã (SP), dois em Goiânia (GO), sete em São João da Aliança (GO), um em Formosa (GO) e um em Flores de Goiás (GO). As determinações judiciais, expedidas pela 4ª Vara Criminal de Curitiba, envolveram buscas em sete residências, sete fazendas e duas empresas (uma de sementes e outra de aviação agrícola) e tinham como alvo, além do ex-diretor da Alep, um familiar dele, um administrador de suas propriedades, três empresários da área agrícola e um suposto segurança, que seria ex-policial militar.


Conforme apurações do MPPR, o grupo estaria atuando, a partir de diferentes formas de falsificação ou simulação, para ocultar valores oriundos de exploração agrícola de propriedades rurais pertencentes ao ex-diretor-geral que foram objeto de sequestro judicial, inclusive com determinação de perdimento por ordem da Justiça do Paraná, no âmbito das ações judiciais em que o ex-gestor é réu.


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