Polícia

Desbaratada quadrilha que aplicava golpes em aposentados

08 nov 2007 às 10:09

A Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC) prendeu quatro integrantes de uma quadrilha acusada de aplicar golpes contra aposentados para conseguir empréstimos bancários. Com o grupo, que vinha agindo há mais de dois anos em todo o Estado e em alguns municípios de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os policais apreenderam mais de uma centena de documentos falsos.

O delegado-chefe da DEDC, Marcus Vinícius Michelotto, explica que os integrantes da quadrilha visitavam as casas de idosos passando-se por vendedores. Oferecendo produtos como filtros de água, eles coletavam todos os dados das vítimas, inclusive conseguindo fotocópias de documentos, para o preenchimento de um suposto cadastro. Com as informações em mãos, o grupo confeccionava carteiras de identidade falsas, que continham o nome dos aposentados, mas com fotos dos golpistas. Assim, conseguiam abrir contas em bancos e obter empréstimos em nome dos idosos.


''Temos boletins de ocorrência registrados em vários municípios e por isso é difícil calcular o quanto a quadrilha lucrou com o golpe'', disse o delegado. ''Mas por termos apreendido mais de uma centena de documentos frios, já temos uma idéia de que o prejuízo tenha sido grande'', acrescentou.


Na terça-feira, as investigações da DEDC levaram à prisão de quatro pessoas em Curitiba: Silvia Sofia Pereira Ramirez, 47 anos; Silvana Vicelli, 43 anos; Edison Luis dos Santos, 43 anos; e Clodoaldo Sobral da Silva, 40 anos, apontado como o líder do grupo. De acordo com o delegado, Silva é natural de Ribeirão do Pinhal, no Norte do Estado, e teria aplicado uma série de golpes contra idosos no município e região.


Os quatro acusados foram autuados em flagrante por estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Duas mulheres presas anteriormente também fazem parte do grupo: Adriana Santana Sobral da Silva, esposa de Clodoaldo, e Ivone Aparecida Loures.


Michelotto recomenda que as pessoas nunca forneçam documentos ou dados pessoais a vendedores sem verificar para qual empresa trabalham. As vítimas poderão ''limpar'' seus nomes e recuperar possíveis prejuízos com a comprovação das falsificações.

Folha de Londrina


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