Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Em frente a colégio

Delegacia de Homicídios indicia policial envolvido em morte de adolescente

Rafael Machado - Grupo Folha
05 jul 2017 às 13:56

Compartilhar notícia

- Reprodução/Facebook
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A Delegacia de Homicídios de Londrina (DHL) indiciou o policial militar Bruno Carnelos Zangirolami, acusado de atirar contra um adolescente de 17 anos no Conjunto Cafezal, região sul, em 16 de junho, por dolo eventual. Outra informação nova apresentada pelo inquérito é a de que, segundo a perícia, o servidor atirou contra o chão, mas o projétil ricocheteou e atingiu a vítima no tórax.

O adolescente, que morreu na hora, estava junto de mais dois amigos, um garoto de 17 e um rapaz de 19 anos, em frente ao Colégio Estadual Maria José Balzanelo Aguilera, onde o PM, lotado na 4ª Companhia Independente, residia em uma dependência nos fundos.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Segundo a Polícia Civil, os três jovens estavam encostados no muro do colégio quando foram abordados pelo policial. Testemunhas ouvidas ao longo do inquérito e que presenciaram o crime disseram que o PM xingou o trio antes de atirar. De acordo com as investigações, os jovens estavam fumando maconha, conversando e ouvindo música.

Leia mais:

Imagem de destaque
Vítima era jurada de morte

PMs que faziam segurança de empresário morto são afastados e têm celulares apreendidos

Imagem de destaque
'Não teve a intenção'

PM acusado de morte da menina Ágatha é absolvido por júri popular

Imagem de destaque
Estava pedindo comida

Homem em situação de rua discute com dono de loja e é conduzido pela PM

Imagem de destaque
Vítima feita refém

Carga de vinhos sem nota fiscal é roubada e recuperada em operação policial em Ibiporã


Após o disparo, o PM tentou socorrer o adolescente com massagens cardíacas. As testemunhas garantiram aos investigadores que o indiciado "estava bastante desesperado para salvar o garoto". Mesmo assim, a polícia afirmou que o policial "assumiu o risco de produzir o resultado morte, embora evidentemente não o desejasse, pois era previsível que o projétil poderia ricochetear e atingir algum dos jovens".

Publicidade


A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Zangirolami. A pistola usada por ele, uma Taurus calibre 40, foi apreendida. Na semana passada, o Instituto de Criminalística emitiu laudo informando que a arma não apresentava nenhuma falha, o que descarta a hipótese de disparo acidental.


O advogado da família da vítima, Mancini Júnior, avaliou como "correto" o resultado das investigações da Polícia Civil. Ele considerou "um absurdo o policial militar dar um tiro ao chão para amedrontar os jovens". Segundo Júnior, a atitude poderia ser diferente. "O ideal seria levar o trio para assinar um termo circunstanciado, e não agir dessa forma".

A morte do adolescente provocou um protesto simbólico dois dias após o crime. Familiares, colegas de sala e professores colaram cartazes no muro da escola e acenderam velas. Ele foi enterrado em Maringá.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo