Amigos e professores do adolescente de 17 anos morto por um policial militar na última quinta-feira (15) no Conjunto Cafezal, zona sul de Londrina, fizeram uma manifestação na manhã deste domingo (18) em frente ao Colégio Estadual Maria José Balzanelo Aquilera, onde a vítima estudava.
Os colegas colaram cartazes no muro da escola e acenderam velas no local onde o adolescente foi baleado. A mãe do rapaz participou da homenagem.
Segundo familiares, ela está muito abalada e foi medicada. O enterro aconteceu no sábado (17), em Maringá. Ele estava com outros dois amigos em frente ao colégio, quando o caseiro da escola, um policial lotado na 4ª Companhia Independente, teria saído com uma arma e disparado contra o menino.
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O tenente Bruno Franceschet, oficial de comunicação da 4ª Cia, alegou que o PM estava passeando com o cachorro quando avistou os três garotos consumindo maconha perto do colégio. Antes de abordá-los, o policial disse que foi xingado pelo trio. Ele sacou a arma e, segundo a versão apresentada poucos minutos após ser detido, disparou acidentalmente.
Na delegacia, o policial optou pelo silêncio, e foi autuado em flagrante por homicídio simples pela delegada de plantão, Geanne Aparecida de Souza. Na sexta-feira, ele foi solto graças a um habeas corpus. O advogado Marco Aurélio da Assunção, que defende o PM, informou que o investigado só irá se pronunciar oficialmente na próxima terça-feira (20).