Polícia

Bingo clandestino funcionava em galpão com placa de aluga-se no centro de Londrina

17 jul 2024 às 15:26

Conforme alertado pela PM (Polícia Militar) na semana passada – e destacado pela FOLHA – a corporação está fechando o cerco contra cassinos e bingos clandestinos que funcionam no centro de Londrina. Um bingo foi descoberto pelas equipes, na terça-feira (16), funcionando em um galpão que na frente tinha uma placa de aluga-se e a porta fechada para dar aparência de que o local estaria vazio. Na entrada, um homem foi abordado com um controle que avisava os responsáveis pelo espaço sobre possíveis fiscalizações.


No lugar os policiais se depararam com dezenas de pessoas, a maioria idosos, jogando. “Esse trabalho é importante, porque as pessoas não têm dimensão do que acontece. Apreendemos vários monitores, teclados e televisores que eram utilizados para os jogos de azar”, destacou o cadete Rafael Galbetti. A secretaria municipal da Fazenda lavrou um auto de interdição e de infração por falta de alvará. Dois homens, de 38 e 50 anos, assinaram um Termo Circunstanciado e responderão em liberdade.


No Brasil, os jogos de azar não são liberados e a lei considera essa prática uma contravenção penal, ou seja, uma conduta ilícita com menor potencial ofensivo. Quem gosta do bingo, e frequentava o salão na avenida Celso Garcia Cid, lamentou o fechamento. “Fico indignada com as pessoas que denunciam o bingo. É um ambiente limpo, nos tratam bem. Já criamos filhos, netos, vamos para nos divertir. É melhor jogar um ‘binguinho’ do que ficar na cama de um hospital. Brinco a semana inteira, não perco dinheiro”, relatou uma idosa, que pediu para não ser identificada.


MÁQUINAS CAÇA-NÍQUEIS


Durante a operação Eficiência, a Polícia Militar ainda apreendeu três máquinas caça-níqueis, duas de jogo do bicho e um televisor no fundo de um bar na rua Sergipe. O responsável, de 29 anos, também assinou um termo. “Quem denuncia são pessoas que têm parentes perdendo a aposentadoria (nestes jogos), com o dinheiro indo para uma ‘caixa maligna’ programada para fazer a pessoa perder dinheiro”, frisou o capitão Emerson Castro, porta-voz do 5º Batalhão da PM.


ESTÁGIO


As ações, que deverão ser intensificadas, têm ajudado no estágio em Londrina de cadetes do segundo ano do curso de formação, de Curitiba. “A Polícia Militar, com a teoria da polícia de proximidade, que é muito integrada no 5º Batalhão e em Londrina, tem propiciado uma relação próxima do cidadão com o policial, permitindo com que tenhamos mais informações sobre contravenções penais e delitos, acarretando numa maior atuação da PM”, avaliou o cadete Galbetti.


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