Assalto a um carro-forte em Foz do Iguaçu terminou com um vigia morto, dois vigilantes, quatro pedestres e um policial militar feridos, pelo menos seis viaturas e carros particulares metralhados e muito pânico no centro de Foz do Iguaçu.
O roubo aconteceu no começo da noite de ontem na Avenida Brasil, principal via comercial, em frente ao Banco Bradesco. Um suspeito do assalto também morreu.
O crime mobilizou mais de 40 homens da Polícia Federal, Polícia Civil, Grupo de Operações Especiais (GOE), Polícia Militar e Guarda Municipal, além do Siate. Apesar do efetivo, os quatro ladrões, fortemente armados, fugiram com um malote (o valor não foi divulgado).
A quadrilha - armada com fuzil AR-15, metralhadora 9 milímitros, revólveres e pistolas - interceptou o veículo da TGV Transporte de Valores já em frente ao banco, perto das 19 horas. O bando teria atirado primeiro, o que provocou a reação dos seguranças. Logo, a quadra foi ocupada por uma intensa troca de tiros.
Policiais e socorristas do Siate que atendiam a um acidente de trânsito ocorrido minutos antes, próximo do banco, foram até local para atender os feridos à bala, mas também foram recebidos a tiro, assim como os policiais que chegaram para fazer o reforço. Pessoas buscaram abrigo nas lojas, abertas devido às compras de Natal, cujos proprietários fecharam as portas para garantir segurança.
Com um esquema de fuga planejado, os ladrões escaparam numa camionete L-200, placa paraguaia, rumo a barranca do Rio do Paraná. Durante a fuga, houve troca de tiros, mas os bandidos conseguiram entrar num barco. Enquanto a quadrilha fazia a travessia, aconteceu mais um tiroteio até o grupo chegar na margem do Paraguai.
Ontem, pela manhã, o Instituto Médico Legal (IML) recolheu um corpo do Rio Paraná identificado como sendo Luiz Alberto Acosta, 28, morto com um tiro no olho. Ele estava com uma granada do Exército do Paraguai amarrada ao pescoço, com um colete à prova de bala e uma bolsa cheia de munição de três calibres.