Polícia

Assaltante faz quatro reféns em loja da Saul Elkind

09 mai 2003 às 21:09

Três pessoas permaneceram por cerca de duas horas como reféns de um assaltante entre o final da tarde e o início da noite desta sexta, no Conjunto Violin (zona norte de Londrina). O assalto ocorreu na loja da Bolivar Calçados localizada na Avenida Saul Elkind, no momento que dezenas de pessoas, entre clientes e funcionários, estavam no local.
Mesmo cercado pela polícia, o assaltante, identificado como Marcos da Silva, só aceitou se entregar após receber garantias de vida. De acordo com a gerente da loja, Madalena Camargo de Oliveira, o assalto começou por volta das 17 horas, no momento que duas pessoas entraram na loja. A princípio, os assaltantes pareciam ser clientes, mas depois de pedirem algumas informações, eles se dirigiram até a funcionária responsável pelo caixa da loja e anunciaram o assalto.

Camargo completou que os próprios assaltantes se assustaram com a correria e decidiram fugir sem pegar o dinheiro que estava no cofre. Mas no momento que se preparavam para deixar a loja, foram surpreendidos por uma viatura policial que passava pelo local. ''Um voltou para dentro da loja e fez de reféns as pessoas que continuavam lá dentro'', acrescentou.


O outro assaltante, Weslei Alves de Souza, 18 anos, foi preso ainda em frente a loja pelos policiais militares, armado com um revólver calibre 38. Em poucos minutos, várias viaturas da PM e da Polícia Civil cercaram o local para impedir uma tentativa de fuga de Marcos da Silva. Ao mesmo tempo que a polícia cercava a área, centenas de pessoas se aglomeravam em frente a loja à espera do desfecho do assalto.


Segundo o major Devaldir Amadei, da PM, que coordenou as negociações juntamente com o delegado-chefe da 10 ª SDP, Jurandir André, no momento que chegou na loja, eram três mulheres e um homem como reféns. Durante a negociação, ele conseguiu convencer o assaltante a liberar uma das reféns. O passo seguinte, conforme o major, foi trazer a mãe e a irmã do assaltante. ''Quando a mãe chegou o clima ficou um pouco tenso. Daí ele pediu um advogado e a imprensa para lhe dar garantias de vida'', explicou.

Major Amadei afirmou que, aos poucos, o assaltante foi cedendo até que aceitou entregar seu revólver calibre 38 e liberar os reféns. Algumas pessoas mais exaltadas tentaram linchar Marcos da Silva quando ele era levado para a viatura. A polícia deverá investigar a participação de uma terceira pessoa no assalto.


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