Os moradores da pacata Jaguapitã (Região Metropolitana de Londrina), que tem 15 mil habitantes, viveram momentos de tensão ao presenciar uma fuga cinematográfica. “Foi bem preocupante, ninguém aqui é acostumado com isso. Parecia que era o Rio de Janeiro”, definiu o autônomo Marcelo Henrique. O cenário que ele se refere é de uma perseguição aérea registrada na cidade no final da tarde de terça-feira (18), que culminou na apreensão 243 quilos de cocaína dentro de um helicóptero. Carga avaliada em cerca de R$ 3,6 milhões.
O piloto, um homem de 52 anos, foi preso em flagrante e encaminhado para a sede da PF (Polícia Federal) de Londrina. Segundo a corporação, a aeronave suspeita entrou no radar inicialmente na zona rural de Amambai, no Mato Grosso do Sul, com o acionamento do Comando de Aviação Operacional da Polícia Federal e o BPMOA (Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas) de Londrina e de Cascavel (Oeste).
O helicóptero foi visto novamente sobrevoando a região do Rio Paraná, na divisa do estado com o Paraná. No entanto, o piloto não desceu com a aeronave e fugiu, sendo acompanhado por três helicópteros das forças de segurança, um da PF e dois da PM. Foram aproximadamente 250 quilômetros de acompanhamento tático, até que em Jaguapitã o homem acabou cercado e foi obrigado a pousar num terreno particular, de mata.
Mas até ele desistir foram disparados diversos tiros, momento que assustou os moradores do município paranaense. O piloto ainda tentou escapar a pé, porém, foi encontrado nas proximidades e detido.
“Após o recebimento de informações de que essa aeronave possivelmente estaria carregando ilícito e voando em baixa altitude a delegacia da Polícia Federal de Londrina, com a delegacia federal de Ponta Porã, coordenou essa operação conjunta para que fosse identificada e se tentasse a abordagem dessa aeronave”, destacou o delegado da PF, Daniel Martarelli.
HELICÓPTERO APREENDIDO
A aeronave foi apreendida e transportada de guincho para a delegacia em Londrina. O helicóptero está irregular e em nome de outra pessoa, que ainda não foi identificada. “Esse piloto tentou se evadir das aeronaves da Polícia Militar e da Federal, fez diversas manobras perigosas e inseguras na região de Jaguapitã, mas mesmo assim ele estava a todo momento sendo monitorado pelas aeronaves e chegou num momento em que viu que não conseguiria mais fugir”, comentou o capitão Henrique Arendt.
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