Um ajudante de pedreiro de 23 anos foi preso em flagrante suspeito de matar o filho de sete meses, na madrugada desta segunda-feira (8), na zona sul de São Paulo. Segundo a polícia, ele confessou ter agredido a criança ao se irritar com o choro dela.
A Polícia Civil não informou se ele apresentou defesa. Após audiência de custódia, a Justiça determinou a prisão preventiva (sem prazo).
O crime aconteceu na comunidade Tamanduateí, no Ipiranga, e foi descoberto após o bebê ser levado a uma unidade de saúde na Mooca, na zona leste.
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De acordo com o boletim de ocorrência, o pai da criança, Wenas Sousa Morais, contou que na noite de domingo (7) recebeu amigos e familiares na casa em que vive com a esposa, de 21 anos, e os dois filhos, um de 2 anos e o bebê de sete meses. Ele relatou que durante o encontro bebeu latas de cerveja.
Depois que as visitas foram embora, ainda segundo o registro policial, Morais contou que o filho começou a chorar, o que o irritou a ponto de praticar a agressão. O ajudante de pedreiro relatou que percebeu que o bebê parou de chorar e estava desacordado.
A mãe da criança afirmou em depoimento que estava no banho, por volta das 23h30, quando ouviu a criança chorar, por isso, saiu do chuveiro rapidamente. Enquanto se vestia, viu Morais varrendo a casa e pediu que o pai colocasse o filho no berço. Nesse momento, ele teria dito que a criança estava mole e gelada.
Ela ainda disse que, ao terminar de se vestir e chegar à sala, viu o marido tentando reanimar o bebê.
Como ele não reagia, foram até a casa de um parente e acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas com medo da espera, pediram ajuda ao dono de um bar, que os levou até a unidade de saúde. O pai, de acordo com o registro policial, contou ao parente que a criança estava em pé e caiu no chão.
No Hospital Municipal Dr. Ignácio Proença de Gouveia, a médica que atendeu a criança afirmou que ela já chegou sem vida, com hematomas nas costas, tórax e cabeça. Ela acionou a Polícia Militar por suspeitar que não se tratava de uma queda.
Os pais foram levados para o 42º DP (Parque São Lucas). Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, apenas no distrito policial Morais revelou para a esposa que estava embriagado e acabou batendo no filho.
Ainda no depoimento, a companheira disse que ele sempre foi um pai carinhoso, mas que ao beber ficava impaciente e discutia por qualquer motivo.
O homem confirmou que a companheira estava no banho e não teve qualquer responsabilidade na morte do filho.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), o pai confessou o crime, que foi registrado como homicídio. Foram solicitados exames ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal.