Um dia antes de oficializar a denúncia sobre a situação do sistema penitenciário do Estado para a Organização dos Estados Americanos (OEA), agentes penitenciários realizaram um protesto em frente a Penitenciária Estadual de Ponta Grossa (PEPG), nos Campos Gerais. A mobilização ocorreu em virtude da transferência de novos presos para a unidade.
Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindarspen), esta medida vai prejudicar as atividades do presídio. ''Esta era a únidade unidade do Estado que não estava com superlotação, e agora é mais uma com excesso de presos. Estamos protestando porque não queremos viver a mesma situação que presenciamos em Cascavel'', alertou o presidente do Sindarspen, Antony Johnson. A mobilização começou durante a manhã e durou até o início da tarde.
A lotação máxima da PEPG é de 432 presos, porém, atualmente, o local abriga 435 detentos. Segundo a Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), 50 presos da unidade vão para o regime semi-aberto, abrindo novas vagas, entretanto, são 118 apenados que vão chegar à penitenciária, e que estavam na Cadeia Pública de Ponta Grossa. Ou seja, ocorrerá uma lotação de 71 presos.
Consultada, a Seju informou que não vai comentar o protesto dos agentes. Além disso,
sobre a determinação da transferência, o órgão afirmou que quem pode falar sobre o
assunto é a Vara de Execuções Penais (VEP) de Ponta Grossa. Cofnrome a Seju a
transferência atende um pedido da VEP e é uma medida de emergência, pois mais de 630
presos estavam na carceragem da cadeia pública, num local que em que cabem, no
máximo, 208.