O acusado de matar a psicóloga Telma Fontoura, de 53 anos, Paulo Estevão de Lima, de 44 anos, foi condenado, na noite de ontem, a 18 anos e nove meses de reclusão, em julgamento realizado em Matinhos, no litoral do Paraná. Ele respondeu processo por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Telma era filha do ex-secretário de Saúde do Paraná Ivan Fontoura e sobrinha do ator Ary Fontoura, que acompanhou o julgamento. A defesa de Lima disse que vai recorrer da sentença. Desde a prisão, ele nega qualquer participação no crime.
Professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Telma passava férias no litoral paranaense e havia saído para caminhar no dia 11 de julho do ano passado. Como não retornou para casa, a polícia foi acionada e começou as buscas ainda na noite daquele domingo. O corpo foi encontrado na manhã de segunda-feira enterrado em uma cova rasa na areia da praia do balneário de Shangri-lá.
A partir de informações de pessoas que diziam ter visto Lima no local onde foi enterrado o corpo, a polícia prendeu-o no dia 14, após ter encontrado vestígios de areia e vegetação de restinga nas calças que ele usava. O solado de um tênis que estava na casa por ele ocupada também corresponderia às pegadas deixadas na areia. O exame de DNA feito em partículas encontradas em um toco de cigarro abandonado no local onde o corpo estava e que coincidiram com material coletado de Lima foi um dos principais argumentos da acusação.