A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quinta-feira (3) as operações Sucessão e Fluxo Capital com o objetivo de desarticular organização criminosa que atua com a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas entre outros crimes.
Os mandados estão sendo cumpridos no Paraná (Curitiba, Cianorte, Londrina, Matinhos, Paranaguá e Pontal do Paraná), São Paulo (Capital e Barueri), Roraima (Boa Vista), Mato Grosso (Cuiabá), Mato Grosso do Sul (Campo Grande e Dourados) e Santa Catarina (Florianópolis).
Segundo a PF, a Operação Sucessão é um desdobramento da Operação Spectrum, que prendeu Luiz Carlos da Rocha, mais conhecido como “Cabeça Branca”, considerado um dos maiores traficantes de drogas do Brasil.
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Na fase atual, foram cumpridas medidas judiciais em desfavor de familiares do traficante que o ajudaram na lavagem do dinheiro de origem ilícita.
Já Operação Fluxo Capital tem por objetivo desmantelar organização criminosa responsável pela lavagem do dinheiro por meio de movimentações milionárias, com a utilização de “laranjas”, empresas de fachada e contadores.
As investigações da corporação demonstraram que o grupo não se limitava à lavagem do dinheiro do traficante “Cabeça Branca”, tendo relação também com diversas outras organizações criminosas atuantes em território nacional, envolvidas em outros delitos além do tráfico de drogas.
Durante as investigações apurou-se movimentação financeira na ordem de R$ 4 bilhões pelas empresas controladas direta ou indiretamente por somente um dos investigados.
No total, foram apreendidos aproximadamente R$ 12 milhões em espécie no curso das investigações.
A PF apurou que o controle da movimentação do dinheiro era feito por doleiros, donos de casas de câmbio, instalados no Paraguai.
Depois do compartilhamento de informações com a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) e com a Fiscalia - Ministério Público do Paraguai, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em território paraguaio.
Policiais foram às ruas para cumprir 39 mandados de busca e apreensão e 19 mandados de prisão temporária em seis Estados da Federação, além do cumprimento de 7 mandados de busca e apreensão no Paraguai.
Foram ainda deferidos o sequestro de imóveis, bloqueio de valores em contas bancárias, a suspensão das atividades das empresas envolvidas e das licenças profissionais (CRC) dos Contadores investigados.
Os nomes das operações fazem alusão, respectivamente, ao fato de os alvos serem familiares do traficante “Cabeça Branca” e à quantia de dinheiro movimentada pela organização criminosa.