Os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Câmara de Curitiba, que investiga irregularidades no sistema funerário, exigiram mudanças no texto do relatório apresentado pela vereadora Julieta Reis (PFL). Eles solicitaram a inclusão de itens que tratam da sonegação fiscal pelas empresas, a regulamentação da destinação dos resíduos da tanatopraxia (preparação dos corpos) e a necessidade de maior rigor na fiscalização pela Prefeitura de Curitiba.
De acordo com o vereador Natálio Stica (PT), a vereadora tem um prazo de 15 dias para refazer o texto do relatório contemplando os pontos que foram levantados pelos demais membros. Para ele, a reunião foi produtiva, já que todos os argumentos apresentados foram aceitos. O próximo encontro da comissão está marcado para o dia 18, quando então será discutido o relatório final.
Stica afirmou que a intenção é, com o relatório pronto, convocar uma reunião com representantes da prefeitura e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente para discutir a criação de uma lei que regulamente as atividades das 21 funerárias de Curitiba.
A CPI das funerárias foi constituída depois do surgimento de denúncias de formação de cartel (apenas cinco grupos familiares são donos das 21 funerárias que atuam na cidade desde 1987), de cobrança indevida por serviços não prestados e de desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor (a família não pode escolher a empesa que fará o funeral e é obrigada a pagar pelos serviços da empresa sorteada pela Prefeitura).