Felipe Sá é investigado pela prática de 23 violações sexuais e 14 tentativas de violações
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) acatou a denúncia do Ministério Público (MP-PR) contra o médico ginecologista suspeito de abusar sexualmente de dezenas de mulheres em Maringá. Felipe Sá está preso desde o dia 15 de junho e teve um pedido de habeas corpus negado pela Justiça no início de julho. De acordo com a denúncia feita pelo MP, ele é investigado pela prática de 23 violações sexuais mediante fraude e 14 tentativas de violação, além da prática de violência psicológica e estupro de vulnerável.
De acordo com informações da Delegacia da Mulher de Maringá, três mulheres procuraram a polícia no mês de março para fazer a denúncia contra o médico por abuso sexual. Com o decorrer das investigações, o mandato de prisão temporária foi expedido no dia 15 de junho e convertido em prisão preventiva na sequência. Ao todo, 37 mulheres vítimas de Sá foram ouvidas ao longo do inquérito.
Sá teve um pedido de habeas corpus negado pela Justiça no começo de julho e segue preso na cidade de Paiçandu, a cerca de 15 quilômetros de Maringá. De acordo com a delegacia, os crimes sexuais eram cometidos dentro do consultório médico.
Em nota, o MP disse que, por meio da 12ª Promotoria de Justiça de Maringá, “ofereceu denúncia criminal contra um médico investigado pela prática de 23 violações sexuais mediante fraude e 14 tentativas de violações sexuais, além da prática de violência psicológica e estupro de vulnerável”.
A ação tramita na 4ª Vara Criminal de Maringá, que disse que recebeu a denúncia por verificar que “existem indícios da prática delitiva narrada pelo Ministério Público”. De acordo com a Vara, o réu vai ser intimado a responder a acusação de forma escrita. Na sequência, deve entrar a fase instrutória, com a oitiva das vítimas, das testemunhas e, por fim, do réu, cabendo ao juiz deliberar a sentença. Não há prazo definido para que o processo seja concluído.
A Folha não conseguiu contato com a defesa de Felipe Sá.