A Urbs, empresa que gerencia o transporte em Curitiba, garantiu que não vai retirar a sinalização de radares de velocidade na capital. Segundo a empresa, os locais em que houver lombadas e radares continuarão sinalizados, incluindo os próximos equipamentos a serem instalados.
Uma decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União revogou uma antiga resolução que obrigava os municípios a avisar os motoristas dos locais onde houvesse fiscalização eletrônica de velocidade.
A assessoria de imprensa informou que a posição da empresa é que nenhum motorista curitibano "caia em pegadinhas". Segundo a presidente da Urbs, Yara Eisenbach, 91% dos motoristas não cometem mais infrações depois da sinalização dos radares.
O excesso de velocidade é a principal causa de multas aplicadas aos motoristas da capital. De janeiro a maio deste ano, 127.735 motoristas foram multados por exceder em 50% o limite estabelecido. Em segundo lugar, estão as multas por estacionamento irregular, aplicadas a 22.026 motoristas. A terceira maior causa de multas é o avanço do sinal vermelho, que multou 8.332 motoristas nos cinco primeiros meses do ano.
O presidente do Conselho Estadual do Trânsito (Cetran), Marcelo José Araújo, mostrou-se preocupado com o fim da obrigatoriedade de sinalização de radares. Segundo ele é uma "tendência quase natural" que as multas aumentem.
Além do fim da obrigatoriedade de sinalização de radares, o Contran autorizou os municípios a contratarem empresas que administrem serviços de fiscalização eletrônica pagando por "produtividade". A partir de agora, as empresas podem ser pagas pelo número de multas emitidas, e não somente pela manutenção do serviço.
A assessoria da Urbs, no entanto, garantiu que, em Curitiba, o sistema continuará sendo pago apenas por "manutenção", como já acontece desde o ano passado.