Paraná

Sem receber 13º, vereador reclama que "paga para trabalhar"

20 mai 2015 às 14:31

O vereador Chico do Uberaba (PMN) deu uma declaração polêmica na sessão de terça-feira (19) da Câmara Municipal de Curitiba. Ele reclamou de não ter recebido o 13º salário e disse ainda que os vereadores pagam para trabalhar.

A remuneração de um vereador da capital é de R$ 15,4 mil, mais benefícios como 200 litros de gasolina por mês e um gabinete com sete funcionários e dois estagiários.


"Olhem só o que um vereador de Curitiba tem: um carro, 200 litro de gasolina e um selinho. Nada mais. Não tem verba de gabinete, não tem verba de nada. Então, aonde que esta Casa está pecando? A infraestrutura para um bom andamento de um vereador. Nós pagamos tudo. Estamos pagando para ser vereador hoje. É lamentável a forma que isso está sendo. Do 13° salário ninguém fala nada. O senado recebe, a câmara recebe e só o vereador não", disse Chico do Uberaba.


O perfil do vereador no Facebook foi bombardeado por críticas. "Encher o peito e reclamar que 15 mil reais é um salario que não dá para nada, é como você mesmo diz...Lamentável. Fico com vergonha de falar para meus vizinhos que voce nobre vereador, é meu amigo. Lamentavelmente você vestiu a camisa do meio em que vive", escreveu um seguidor.


O presidente da CMC, Ailton Araujo (PSC), afirmou em nota que a opinião de Chico não reflete o posicionamento do Legislativo. ada parlamentar pode e deve expressar seus pensamentos e, consequentemente, assumir a responsabilidade pelos seus atos. A Câmara de Curitiba é reconhecidamente um dos legislativos mais transparentes e atuantes do Brasil", diz trecho da nota.

"Atualmente, os vereadores não recebem 13º, 14º e nem 15º salários, nenhuma verba de representação, de gabinete ou indenizatória, não há auxílio-moradia ou auxílio-paletó. As sessões extraordinárias e a participação dos parlamentares nas comissões permanentes e especiais não são remuneradas. E os vereadores que faltam sem justificativa em uma sessão ordinária tem seu subsídio descontado em 1/30. Em 2012, foram cortados mais de 250 cargos comissionados".


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