Paraná

Saúde reforça ações contra a aranha marrom

21 out 2002 às 16:52

Médicos e enfermeiros das Unidades de Saúde 24 Horas de Curitiba já estão sendo treinados para o novo protocolo de atendimento aos pacientes que tenham sido vítimas de picadas de aranha marrom.

A partir de novembro, todas as cinco Unidades 24 horas estarão preparadas para receber os pacientes que estejam em estado grave e que a picada tenha ocorrido até 36 horas antes do atendimento, período em que se torna eficaz a soroterapia. O soro antiloxoscélico bloqueia o veneno da aranha e impede que ele se fixe no corpo da pessoa que foi picada.


Depois da capacitação e reciclagem dos profissionais das Unidades 24 Horas será a vez dos médicos e enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde. A Secretaria da Saúde calcula que 450 profissionais deverão passar pelo treinamento.


Dados preliminares da Secretaria Municipal da Saúde mostram que de janeiro a setembro deste ano foram notificados 2.113 casos de pessoas picadas pela aranha marrom, o equivalente a 234 casos por mês. No ano passado 3.061 pessoas foram atendidas nas unidades de saúde com picadas de aranha marrom – um índice de 1,89 casos para cada 1000 habitantes.


A limpeza das casas e imóveis é a principal ferramenta que a população tem para evitar acidentes com a aranha. "Casas bem limpas e cuidado ao vestir roupas guardadas há tempo, ou deixadas no chão durante a noite, são a melhor maneira de evitar acidentes com aranha marrom, cujo veneno pode causar sérias lesões."

A picada dificilmente é percebida na hora e, muitas vezes, pode ser confundida com a de mosquito. Mas a pessoa deve estar atenta aos primeiros sintomas - vermelhidão e coceira local - que aparecem entre 6 e 12 horas. Nos casos mais graves podem surgir vômitos e febre.


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