A Sesa (secretaria de Estado da Saúde) publicou nesta terça-feira (27) a Nota Técnica nº 10/2023 para orientar profissionais de saúde sobre a febre maculosa, principalmente quanto ao manejo da doença. Elaborada pela equipe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, o texto conta com informações a respeito da situação epidemiológica, as manifestações clínicas, os sintomas, diagnóstico, testes e tratamento específico.
O Paraná teve um caso confirmado de febre maculosa neste ano, sem registro de óbito. A Sesa continua em alerta, orientando os profissionais de saúde com atualizações e direcionamento para as ações de prevenção da doença.
A doença, transmitida pelo carrapato-estrela, teve o primeiro caso confirmado no território paranaense em 2006, em um morador de Itambaracá (Norte), cujo local provável de infecção foi no estado de São Paulo. Em janeiro deste houve a confirmação de um diagnóstico em Foz do Iguaçu (Oeste).
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“Mantemos a vigilância permanente das zoonoses no Paraná. Trabalhamos para manter o cenário atual sem novos casos confirmados, mas seguindo em alerta, junto aos profissionais que atuam nessa área”, diz o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Contaminação
A febre maculosa é ocasionada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. A espécie é achada com mais facilidade em locais próximos a matas, com umidade elevada. O carrapato parasita o animal (bois, cavalos, capivaras, cães) e, a depender da espécie, pode vir acidentalmente parasitar o humano, sendo necessário o vínculo epidemiológico com o vetor transmissor – o carrapato infectado.
A doença é grave e tem evolução rápida. Se a pessoa foi picada por um carrapato ou frequentou área de risco de transmissão e tiver alguns dos sintomas, como febre súbita e alta, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo generalizada, podendo ou não estar acompanhada de manchas avermelhadas, principalmente nas palmas das mãos ou planta dos pés, deve procurar a unidade de saúde mais próxima, relatando a área frequentada.
Orientações
Alguns cuidados são essenciais para reduzir o risco de contrair a febre maculosa, como o uso de repelentes contra insetos (certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, observando as recomendações para uso em gestantes e crianças a partir de 2 anos); evitar exposição aos vetores, principalmente ao amanhecer e entardecer; ao frequentar ambientes de mata e/ou áreas infestadas de carrapatos proteger as áreas corporais expostas com camisas de mangas compridas e calças compridas e, ao se expor em áreas de risco, fazer auto inspeção a cada duas horas.