Paraná

Rio Branco do Sul protesta contra desaparecimentos

31 mai 2001 às 12:27

Dos 14 casos de mulheres desaparecidas de Rio Branco do Sul (Região Metropolitana de Curitiba), registrados nos últimos cinco anos, muitos deles continuam sem solução. O mais recente é o da professora Edivane do Rocio Polli, 21 anos, que está desaparecida há 18 dias. A situção motivou um grupo de moradores a sair numa passeata de protesto, ontem, no centro da cidade, para exigir maior empenho da polícia no esclarecimento desses casos.

A manifestação, segundo a professora Claudete Galli, moradora em Rio Branco do Sul há 30 anos, tinha o objetivo de chamar a atenção das autoridades para a necessidade de instalação de módulos policiais (o município não tem nenhum), aumento do efetivo de policiais militares e melhorias na iluminação pública no trecho urbano da Rodovia dos Minérios.


A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança informou que, ontem, o secretário José Tavares determinou ao delegado geral da Polícia Civil, Leonyl Ribeiro, designar um delegado para cuidar, exclusivamente, dos casos pendentes. Quanto ao aumento do efetivo, a questão só será definida com a formação dos 750 novos policiais, em setembro. Eles serão distribuídos pelos municípios da Região Metropolitana de Curitiba. A implantação de módulos policiais a princípio está descartada porque, segundo a assessoria, ocupa muita mão-de-obra em um só local. A política da secretaria de Segurança é colocar mais policiais circulando.

O delegado de Rio Branco do Sul, Mário Sérgio Bradock Zacheski, afirmou que não acredita na possibilidade de existir no município um assassino em série porque, segundo ele, os crimes não seguem uma mesma padronização. No caso de Edivane, não há ainda provas para afirmar se configura ou não crime. Ele está tentando a prisão temporária do ex-marido. Zacheski disse que os delitos no município diminuíram consideralvelmente, desde que assumiu a delegacia há quatro meses. Nesse período, segundo ele, foram registrados dois homicídios, enquanto que a média anterior era de dois crimes por mês. Em 2000, foram 25 homicídios.


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