O governo do Paraná enviou nesta segunda-feira (21) à Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) projeto de lei para tornar a Copel uma companhia de capital disperso, sem o controle do governo do estado.
A ideia é que o estado permaneça com participação não inferior a 15% do capital social e a 10% da quantidade total de votos da companhia. Na sessão da AL, deputados da oposição acusaram o governo de tentar privatizar a Copel, que em 2021 teve lucro de R$ 5 bilhões, e questionaram a destinação dos recursos obtidos com a venda das ações.
O comunicado ao mercado foi feito na manhã desta segunda, quando a Copel emitiu um Fato Relevante direcionado aos acionistas.
Leia mais:
Órgãos estaduais do Paraná vão ter escala especial de funcionamento nesta quarta-feira
Estrada da Graciosa tem pare-e-siga nesta terça-feira para recuperar local de queda de árvores
Detran alerta para golpes por mensagens SMS
Queijo do Paraná está entre os nove melhores do mundo
Segundo o comunicado, o objetivo é captar recursos para investimentos no estado e promover a valorização das ações remanescentes. Atualmente, o estado do Paraná detém 69,7% das ações ordinárias da companhia (índice que seria reduzido para 10%) e 31,1% do capital total (participação que cairia para 15%).
Segundo o projeto apresentado pelo governo, “a transformação da Copel em uma corporação tem como principal objetivo aumentar sua competitividade no setor elétrico brasileiro para beneficiar o consumidor paranaense”.
De acordo com o projeto, a operação é essencial para manter “as condições necessárias para atração de capital privado, com alto nível de capacidade de investimento e excelência na gestão corporativa”.
Nenhum acionista poderá deter mais de 10% do total de votos na Assembleia Geral da companhia e o governo manterá o poder de veto.