Depois de descoberto o protozoário cyclospora, que causou o surto de diarréia em Antonina, no Litoral do Estado, a dificuldade para sanar o problema agora é conseguir recursos para contratar uma empresa que encontre o vazamento nos tubos da rede de abastecimento do município. O trabalho de geofonagem - que detecta infiltrações e rompimentos existentes no subsolo- custaria de R$ 5 a R$ 6 mil. Falta definir quem vai arcar com a despesa.
"Vou tentar agendar uma reunião amanhã (quinta-feira) entre a prefeitura, já que o sistema de abastecimento é uma autarquia municipal, e a Funasa (Fundação Nacional de Saúde), que é parceira da prefeitura, para que tomem um posicionamento, o que não pode é deixar o problema sem solução", disse o médico sanitarista da Secretaria Estadual da Saúde, Natal Jataí de Camargo, que está em Antonina investigando o surto.
Segundo Camargo, como a doença não confere imunidade, "se houver uma chuva forte, por exemplo, pode ocorrer a recontaminação da rede e, por consequência outro surto de diarréia no município", alertou. Até esta quarta-feira, o Hospital Municipal Silvio Bittencourt de Linhares tinha registrado 843 casos de diarréia.
As galerias subterrâneas que formam uma malha de tubulações por onde passa a água, segundo Camargo, possui mais de 30 anos, e por isto, se rompeu. "Foi assim que ocorreu a contaminação", concluiu.