A APP-Sindicato informou que cerca de 40% das escolas do Paraná aderiram ao movimento de reduzir as aulas de 50 para 30 minutos. Romeu Miranda, presidente da entidade, disse que a expectativa para hoje é de que a adesão seja de, pelo menos, 60%. Os professores deverão manter o movimento - apelidado de "operação tartaruga" - até o próximo dia 26. Não havendo negociação, a classe promete deflagar uma greve geral.
Além do reajuste salarial de 50%, o sindicato reivindica a realização de concurso público, implantação do plano de carreira e hora-atividade de 20% e a revogação do decreto da Secretaria de Estado da Educação, que estabelece critérios para o processo de escolha dos diretores. Também pede que o governo retire da Assembléia Legislativa o projeto 411/00 que, segundo Miranda, extingue a carreira estatutária.
O impasse entre governo e a APP-Sindicato parece estar longe de ter um fim. Miranda afirmou que o sindicato só recuará da greve geral caso o governador Jaime Lerner receba uma comissão de professores para negociar e apresente uma proposta razoável. Já o governo entende que este não é o momento apropriado para um movimento de greve, pois não existe a menor possibilidade de um reajuste este ano, informou o diretor do Paraná Educação, Cláudio Bonfat.
Os números de adesão ao movimento são contestados pela Secretaria de Estado da Educação. Cláudio Bonfat, diretor do Paraná Educação afirmou que a paralisação parcial foi de aproximadamente de 10% em todo Estado, com exceção de cidades como Cascavel e Londrina, onde a adesão chegou a cerca de 30%.