Paraná

Produtores debatem eficiência da Agroecologia

27 mar 2002 às 17:16

Um Paraná livre de transgênicos e sem agrotóxicos. É este o objetivo da 1ª Jornada Paranaense de Agroecologia, que deve reunir cerca de 3 mil pessoas em Ponta Grossa, entre os dias 17 a 20 de abril. São pequenos agricultores, estudantes, técnicos, professores e consumidores interessados em discutir a adoção de um novo modelo tecnológico para a agricultura, que garanta uma produção saudável, sem danos à natureza, e ao mesmo tempo economicamente viável para os agricultores.

Segundo o engenheiro agrônomo Celso Lacerda, diretor administrativo da Secretaria Municipal de Ponta Grossa, os produtores acreditam que necessitam de tecnologia moderna, com tratores e sementes de primeira geração para garantir competitividade. ''Sem capital e consultoria adequada, ele acaba perdendo seu investimento e saindo do campo'', diz, lembrando que a população rural de Ponta Grossa reduziu em 50% (de 16 mil habitantes para 7,5 mil) entre 1990 e 2000.


A intenção é reunir as experiências já existentes no Estado e garantir sua expansão em outras comunidades. A agroecologia tem um potencial inferior de produção em relação à agricultura convencional, mas seu custo é bem mais baixo.


Uma das experiências a serem mostradas, por exemplo, é o uso de rochas minerais trituradas, com custo de R$ 20,00. Misturado a 200 litros de caldo de cana, esterco e leite, ele consegue adubar oito hectares e render quatro toneladas de produto.


Na ''agricultura moderna'', a produção dobraria para oito toneladas. Em compensação, a mesma área exigiria quatro toneladas de adubo, ao custo de R$ 2,4 mil. Experiências como esta serão abordadas em oficinas, na tarde do dia 18.

Leia mais em reportagem de Maigue Gueths, na folha de Londrina desta quinta-feira


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