Paraná

PR e SC têm 355 casos de adoção ilegal investigados

18 abr 2013 às 19:01

No primeiro dia em que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas esteve no Paraná, nesta quinta-feira (18), para colher depoimentos sobre adoções ilegais, os parlamentares revelaram que já foram levantados 355 casos de crianças que teriam sido adotadas de forma irregular em 28 cidades paranaenses e nove catarinenses.

A lista de cidades e os casos foram divulgados pelo deputado federal e vice-presidente da CPI, Fernando Francischini (PEN-PR), durante a audiência pública realizada na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná (Alep). Supostas vítimas foram ouvidas pela CPI, além de Audelino de Souza, principal suspeito de intermediar adoções no Paraná e Santa Catarina.


As cidades paranaenses são: Curitiba, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Campo Largo, Irati, União da Vitória, Piraí do Sul, Campo Mourão, Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Guaíra, Guarapuava, Rio Negro, Cascavel, Laranjeiras do Sul, Iporã, Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais, Ivaiporã, Xambrê, Paranaguá, Catanduvas, São João do Triunfo, Faxinal, Palotina e Palmas.


Em território catarinense, as supostas adoções ilegais teriam ocorrido em Mafra, Florianópolis, Caçador, Chapecó, Joinville, Abelardo Luz, Campo Erê, Seara e Papanduvas.


O suspeito Audelino de Souza negou envolvimento nas irregularidades e disse que foi indicado para iniciar trabalhos com ONG Limiar Brasil, cujo presidente também é investigado pela CPI. Souza também negou que cobrasse pelos procedimentos de adoção. Apesar disso, os deputados disseram que, na quebra de sigilo bancário do acusado, houve evolução patrimonial de R$ 160 mil para R$ 460 mil em quatro anos.

Mãe de sete crianças supostamente levadas por norte-americanos de forma ilegal de São João do Triunfo, Maria Rivonete Santos disse que espera reencontrar os filhos e espera que tudo se esclareça com a CPI. Os filhos dela foram levados para uma casa-lar por suspeitas de maus tratos. Ela disse que não teria sido avisada da adoção pela Justiça e que somente dois dias depois de as crianças serem levadas por norte-americanos, uma amiga de Maria contou a ela sobre a adoção. (com informações do repórter Rúbens Chueire Jr., da Folha de Londrina)


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