Cinco policiais civis e um advogado de Campo Mourão foram denunciados pelo Ministério Público por formação de quadrilha armada e extorsão mediante sequestro qualificado. Os denunciados são os investigadores Mauro Pereira Soares, 39; Melchior Canuto Vieira, 46; Nelson Reticena, 36, e Paulo Fumiyuki Asso, 40, e o escrivão Antônio Evaristo de França, 45, além do advogado Roberto Teixeira Duarte, 27.
Segundo a denúncia, assinada pelos seis promotores da comarca, os seis fizeram a prisão ilegal de dois rapazes - Hudson Verli Moreira e Juliano Alves Pereira - e exigiam o pagamento de R$ 5 mil para que eles fossem liberados sem a "armação de um flagrante". Hudson e Pereira chegaram a ficar presos da noite do dia 30 de abril do ano passado até a manhã do dia 2 de maio porque foram pegos dirigindo em alta velocidade e sem portar carteira de habilitação.
A denúncia do MP afirma que os policiais aproveitaram a ausência do delegado-chefe da 16ª SDP, Roberval Buttacini, e efetuaram as prisões sem o conhecimento do delegado de plantão Benedito Lúcio de Souza. Hudson e Pereira, que são de Minas Gerais, teriam sido coagidos a pagar R$ 3 mil aos policiais e R$ 2 mil ao advogado para que fossem soltos. O pagamento só não teria sido efetuado devido a uma denúncia anônima feita ao Ministério Público.
Em depoimentos prestados durante a fase de investigação do caso, os cinco policiais e o advogado acusados pelo Ministério Público negaram que Hudson e Pereira tenham sido presos ou que tenham sido extorquidos. Segundo eles, os dois foram levados à 16ª SDP apenas para averiguação porque estavam com um carro locado e sem carteira de habilitação.
* Leia mais em reportagem de Sid Sauer na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste sábado