Paraná

Polícia investiga morte suspeita de polonesa

16 set 2001 às 15:42
A Polícia Civil investiga a morte, ocorrida em Curitiba, da polonesa naturalizada belga Geneviéve Florentine Raczynski, de 72 anos. Ela morreu no último dia 8, em circunstâncias misteriosas. Sabe-se apenas que Geneviéve recebeu uma forte pancada na cabeça. Ela estava na casa da filha, Ingrid Jocelyne Videloup, 46. Ingrid e o marido, Gerard Robert Videloup, 55, moram no bairro Boa Vista, em Curitiba. Os dois estão sendo investigados, mas negam envolvimento.
De acordo com os levantamentos feitos pela polícia, os indícios sustentam a tese de assassinato. O corpo Geneviéve teria sido colocado na sala de estar da residência da filha para dar a impressão de que a vítima sofrera uma queda de nível. Vários elementos resgatados na sala sugerem uma montagem da cena da morte de Geneviéve. Inexplicavelmente, os óculos da belga estavam sobre o crânio, na região que sofreu o afundamento provocado pela pancada.
Outra evidência observada foram sinais de sangue e massa encefálica encontrados debaixo do tapete da sala onde o corpo estava. Porém, apesar do ferimento ter causado hemorragia, o tapete estava aparentemente limpo. Mais marcas de sangue encontradas na roupa de Geneviéve seriam indícios de que ela teria sido arrastada até a sala. No tanque de lavar roupa, a polícia encontrou panos com restos de sangue da vítima.
Em depoimento na Delegacia de Homicídios, na quarta-feira, o casal disse que saiu da residência no dia do homicídio por volta das 17h30 para participar de um encontro religioso organizado por freiras no bairro Mossunguê. Eles teriam retornado por volta das 23 horas, quando afirmam ter encontrado Geneviéve morta na sala de casa.
Gerard relatou à polícia que a sogra veio ao Brasil para atender a um chamado do casal, que estaria sofrendo ameaças. Segundo ela, a vítima viajou apenas com o dinheiro para custear o pagamento das passagens aéreas. O valor seria de R$ 4,5 mil. No entanto, numa conversa informal com o delegado Sebastião Gaspar, no dia em que o corpo foi achado, Gerard deu outra versão. Disse que Geneviéve viajou em férias para o Brasil. Ela viria com dinheiro suficiente para ajudar o casal a comprar uma casa. O imóvel valeria mais do que a casa ocupada pelo casal no Boa Vista, orçada em torno de R$ 130 mil. A polícia quer investigar o patrimônio de Geneviéve.

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