O piloto Rubens Pereira da Silva Filho, 56 anos, morreu ontem ao cair com o seu avião monomotor num pasto da fazenda Ipê, em Ponta Grossa. O Astra, prefixo PPXCO, fabricado para realizar acrobacias, foi ao chão dois minutos depois da decolagem do aeroporto Santana, que fica a cerca de 500 metros do local do acidente. Silva Filho, um piloto experiente que fez carreira na Varig, teve morte instantânea.
As causas da queda são desconhecidas. Suspeita-se que o monomotor possa ter sofrido uma pane. Os primeiros relatos indicam que o piloto partiu para mais uma tarde de passeios aéreos pela região do distrito de Guaragi, a 30 quilômetros do centro de Ponta Grossa, onde ele morava. Depois de largar a aviação civil, Silva Filho continuou a voar, mas por hobby. Ele tinha cerca de 20 mil horas de vôo.
Logo depois de decolar, o avião virou "de barriga para cima", perdeu estabilidade e começou uma descida brusca. O aparelho bateu numa árvore e se despedaçou no chão. Não houve explosão. O corpo de Silva Filho foi retirado das ferragens pelo Corpo de Bombeiros e conduzido ao Instituto Médico Legal (IML).
Como o avião era de pequeno porte, não havia a necessidade de instalação da caixa-preta, o equipamento que registra a comunicação e todos os comandos feitos pelo piloto. Foi o terceiro acidente aéreo registrado este ano em Ponta Grossa e o segundo com morte. A investigação do acidente vai ser feita pelo Serviço Regional de Avião Civil (Serac), ligado ao Comando da Aeronáutica.