Os engenheiros responsáveis pela construção da ferrovia Paranaguá-Curitiba, na primeira metade do século XIX, Teixeira Soares e os irmãos Antonio e André Rebouças, foram homenageados ontem pela manhã com o descerramento de bustos na estação ferroviária de Curitiba. A iniciativa fez parte do Projeto Luzes da Cidade, coordenado pela Fundação Santos Lima, entidade voltada à preservação da cultura e da história do Brasil.
Soares e os Rebouças tiveram grande importância para o desenvolvimento do Estado por traçarem a ferrovia que uniu a região Sul ao litoral. A obra teve papel fundamental para a economia na época, especialmente por propiciar o escoamento da produção agrícola através dos transportes marítimos. O diretor-presidente da Serra Verde Express, Adonai Arruda, comentou que o ato de resgatar nomes tão importantes "engrandece o turismo paranaense".
Após a solenidade em Curitiba convidados e jornalistas tomaram a Litorina e desceram pela Serra do Mar até o quilômetro 65 da estrada de ferro. Lá ocorreu nova homenagem - a reinauguração da Cruz do Barão, em memória do Barão do Serro Azul, assassinado naquele local em 20 de maio de 1894. Ou seja, na data em que se completavam 107 anos de sua morte.
Ali, uma primeira cruz foi fincada em 1894 e substituída por outra em 1940. Esta, com mais de dois metros de altura, foi destruída por vândalos. Em 1999 dois voluntários, Luiz Carlos Correa e Rubens Habitzreuter, propuseram a restauração do monumento, recebendo apoio da Associação Comercial do Paraná, entidade fundada pelo barão em 1890. A Serra Verde Express associou-se ao projeto transportando os voluntários, a cruz e todo o material necessário para sua fixação.