Nem a chuva fina nem o feriado intimidaram o público que lotou a rua Cãmdido de Abreu, no Centro Cívico em Curitiba, para participar da Parada da Diversidade, realizada no domingo (13) à tarde. A estimativa da organização do evento é de que 150 mil pessoas estiveram presentes ao evento, superando, com isso, a marca das 100 mil que participaram do evento no ano passado.
Desde às 13 horas, drag queens, transexuais, travestis, homossexuais e simpatizantes começaram a chegar na Avenida Cândido de Abreu, colorindo a rua com as cores do arco-íris, características do movimento. Perto das 16 horas, o grupo cantou o hino nacional e iniciou o desfile até o palco montado no Centro Cívico, onde houve discursos e show com a banda Decafonis.
''Um movimento como este traz beleza, alegria e sensualidade para a rua, mas o mais importante é a visibilidade que conseguimos. Nós queremos ocupar os espaços como todas as pessoas, seja numa loja, numa sala de aula, não queremos mais nem menos'', afirma Josiane Bougers, do grupo transexual Marcela Prado.
Para a vice-presidente do mesmo grupo, Samanta Volcan, a parada deste ano tem também objetivo de denunciar os crimes contra homossexuais. ''Curitiba é a primeira no ranking de assassinatos de travestis. Queremos pedir que acabem com esta violência, de matar só por causa da orientação sexual'', diz.
Este é o sexto ano que a Associação Paranaense pela Parada da Diversidade e a Aliança Paranaense pela Cidadania LGBT realizam a Parada na Capital. Cada ano é escolhido um tema para o desfile, conforme as demandas do movimento. Para este ano, a temática escolhida foi ''Estamos ao Redor do Mundo''. Segundo uma das organizadoras, a psicóloga Karlesy Stamm, da Aliança, o objetivo das paradas, criadas há 14 anos, é promover a cidadania de lésbicas, gays, bisexuais, travestis e transexuais (LGBT).