Uma onça-parda foi vista na área urbana do município de Tibagi, próximo a Ponta Grossa. Na manhã desta segunda-feira (24), o animal foi visto em cima de uma árvore no centro da cidade.
A onça-parda tinha 1,4 metro de tamanho e pesava cerca de 30 quilos. "Foi ligado para a polícia, mas eles acharam que era um trote", comentou a moradora Maria Orli Bonifácio.
A Polícia Ambiental foi acionada. Biólogos foram chamados para ajudar no resgate do animal. Eles usaram sedativos.
Presença nas propriedades
No centro da cidade a imagem é rara, mas nas fazendas da região a presença do Puma é bem mais frequente. Para evitar que o felino, predador, ataque seus rebanhos, os proprietários rurais são orientados sobre como afugentar o bicho.
Leri Ribeiro, coordenadora de Meio Ambiente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo, ressalta que a Onça-Parda é um felino esbelto e ágil, que se adapta facilmente a diversos habitats mas que tem preferência por mata fechada. "Por isso é importante manter a área em torno da propriedade limpa, capinada, porque o Puma não gosta de campo aberto", indica.
Outra orientação é recolher os animais da propriedade ao final do dia em estábulos, currais, chiqueiros e locais fechados, seguros. As fêmeas em época de parição devem ser fechadas e acompanhadas. "Manter os animais vacinados e sadios também é importante para que, fortes, tenham maiores condições de se defender", acrescenta.
A gestora destaca que ações simples e práticas podem afugentar a Onça da propriedade. "Com barulho e iluminação ela não chega perto. Basta colocar rádios à pilha nos estábulos, amarrar sinetas nos bovinos e ovinos ou guizos nas suas pernas. Instalar buzinas e instrumentos que emitam ruídos fortes em torno da propriedade. Outra dica é fazer espantalhos e colocar rádio a pilha neles. Tem de mudar a cada dois dias para o animal não se acostumar", aponta.
Leri ainda ressalta que ao usar rojões ou bombinhas para assustar o Puma, é preciso cuidar para não causar incêndios ambientais. "Além disso é preciso redobrar a atenção com as crianças, que não devem andar sozinhas em longas distâncias na propriedade. Por fim, o mais importante é não tentar capturar a Onça, porque além do perigo do ataque, este animal é raro na natureza e precisamos preservá-lo. Basta aprender a conviver", finaliza.