Paraná

MST é acusado de cobrar propina para suspender invasão

03 set 2003 às 16:39

Um dos advogados da Fazenda Imbaú, em Imbituva, no interior do Paraná, acusa o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) de cobrar propina para não invadir a área. A denúncia foi encaminhada à Justiça no dia 20 de agosto.

Segundo a rádio CBN, a tentativa de extorsão estaria comprovada através de fitas gravadas de conversas entre os advogados da fazenda - Fernando Madureira e Fernando Deneca - e um líder dos sem-terra, identificado apenas como João Carlos.


No dia anterior a uma invasão, João Carlos teria ligado para o proprietário da fazenda, cujo nome ainda não foi revelado, e proposto um "acerto" para que a ocupação de 80 famílias fosse suspensa.


O valor da propina, que inicialmente seria de R$ 100 mil, foi diminuindo gradativamente até R$ 5 mil, conforme fax enviado aos advogados por Manoel Francisco de Lima, que se identifica como líder regional do MST. O documento tem a logomarca do MST-PR, endereço e telefones de Curitiba.

A Justiça de Imbituva já concedeu medida cautelar contra a invasão da área, fixando multa de R$ 5 mil para cada dia de ocupação. Uma queixa de extorsão foi registrada na delegacia da cidade e a Polícia Militar faz patrulha na área da fazenda.


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