Em virtude de recentes apreensões de drogas realizadas na área do assentamento Antonio Tavares, em São Miguel do Iguaçu (Oeste do Estado), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná divulgou nota nesta terça-feira ''denunciando'' que traficantes estariam usando a área e aliciando parentes das 80 famílias de assentados.
Entre os dias 28 de setembro e ontem, foram registradas duas apreensões de drogas no assentamento. Na noite do dia 1º, assentados teriam encontrado cerca de 20 kg de maconha escondidos em meio a uma plantação de trigo e sacos de ração para peixes. O caso foi denunciado à Polícia Federal, que ontem fez a apreensão.
No último sábado, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Civil encontraram aproximadamente 1,6 kg de maconha em um caminhão. A suspeita é de que o carregamento tenha saído do assentamento. Outros 130 kg da droga foram achados em um matagal e em colméias de abelha. Para o MST, os traficantes estariam cooptando parentes de trabalhadores assentados na área por causa da ligação da área com o lago Itaipu.
O MST afirmou que ''é contra esse tipo de prática nos assentamentos, que são destinados à produção de alimentos para o susteno das famílias assentadas e abastecimento do mercado local.'' A assessoria informou que ''os assentados esperam que a Justiça puna os envolvidos e que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) tome as medidas necessárias'', caso algum haja a comprovação de algum trabalhador assentado no crime.
Folha de Londrina