Vinte e uma pessoas suspeitas de envolvimento em um grande esquema de roubos de cargas na BR-116 foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) no Paraná à Justiça Federal do Paraná (JFPR) no último dia 26. A suposta quadrilha agia na cidade de Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba.
Eles já haviam sido investigados pela Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), o que culminou na Operação Mirante da Campina. Os acusados são suspeitos de assaltarem motoristas que transportavam cargas pela rodovia, principalmente condutores que dirigiam caminhões de entrega de encomendas Sedex dos Correios.
Segundo o MPF, o grupo agia de duas formas: eles saqueavam cargas de veículos que se envolviam em acidentes ou assaltavam motoristas que estavam descansando - com o veículo parado - além de assaltos a caminhões em movimento. A prática era realizada por pessoas que moravam próximas ao Hospital Angelina Caron.
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Ainda de acordo com nota divulgada pelo MPF, os assaltantes agiam de forma bastante violenta, com uso de armas de fogo, e ameaçavam os motoristas. Eles forçavam os condutores a sair da rodovia e ir a estradas de terra à beira da BR-116 para retirar a carga, que, depois, era levada para residência de pessoas que guardavam as mercadorias antes da venda.
A operação ficou conhecida como Mirante da Campina porque os envolvidos utilizavam um mirante, que ficava em cima de uma araucária e possibilitava que a quadrilha vigiasse a atuação da PRF. Com isso, segundo o MPF, eles conseguiam monitorar o melhor momento para realizar as ações criminosas. Os envolvidos se comunicavam via whatsapp.
O processo corre em segredo de Justiça. Por isso, o MPF informou que não poderá divulgar quantas ou quais pessoas ainda estão presas depois da Operação. A assessoria da PF foi contatada pela reportagem, que não obteve retorno das ligações.