O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), unidade Maringá, ofereceu denúncia criminal contra 45 pessoas acusadas de envolvimento em um esquema que promovia diversas irregularidades no Detran-PR, âmbito da 13ª CIRETRAN de Maringá.
Entre as irregularidades estão a alteração indevida de informações do banco de dados do DETRAN, o cancelamento e transferência de multas de trânsito para evitar a suspensão da CNH ou do Registro Provisório de Habilitação e a facilitação para aprovação de candidatos nos procedimentos necessários para obtenção da permissão para dirigir, como a prova escrita e os exames médicos e psicológicos. Os acusados são denunciados por corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações, entre outros.
Entre os denunciados estão funcionários públicos do DETRAN, proprietários de clínicas conveniadas ao órgão, diretores de auto-escolas, o vice-prefeito de Ourizona, Amarildo Luiz Vieira, o Lulinha, e os próprios motoristas favorecidos pelo esquema. Também foram denunciados profissionais liberais de clínicas conveniadas ao DETRAN, que se omitiam diante dos crimes cometidos pelo esquema.
Segundo a denúncia, o esquema era comandado por Aldair Fernandes da Silva, conhecido como "Daco", funcionário público do DETRAN, que repassava a outros servidores do órgão as pessoas que seriam favorecidas nos exames, realizados em clínicas conveniadas. Ele também mantinha contatos com proprietários dessas clínicas, a fim de manipular resultados e assim atrair mais clientes.
Também de acordo com a denúncia, Daco manteve contatos com empresários e um político da região para angariar pessoas para o esquema, tanto para a obtenção irregular de CNHs quanto para alterar dados referentes a multas e infrações de trânsito.