A morte do estudante Rafael Zanella completa hoje cinco anos. Ele foi assassinado em maio de 1997, no bairro Santa Felicidade, em Curitiba. O estudante teria sido confundido com traficante de drogas. Após atirar e matar Rafael, os policiais civis tentaram mascarar o acidente. Eles colocaram drogas no carro do estudante e armas. A intenção era simular um tiroteio. A farsa foi descoberta e hoje, cinco anos depois, três dos oito acusados de participação no crime estão presos.
Dois deles, os investigadores Airton Adonski e Reinaldo Sideroski vão retornar a julgamento no dia 4 de junho. Eles estavam junto com a equipe policial que realizou a blitz desastrada. Os investigadores já foram julgados e condenados, mas os advogados de defesa entraram com um recurso pedindo novo julgamento. Eles foram condenados por homicídio, mas não foram os autores dos disparos. O Tribunal de Justiça (TJ) deu provimento a alegação dos advogados e remarcou o julgamento para avaliação da pena que foi de 38 anos para o Adonski e 21 anos para Sideroski.
Apesar dos advogados de defesa tentarem qualificar o crime como sendo de alteração do local e tortura psicológica, a acusação vai insistir na condenação por homicídio. "É o último recurso para eles. Se eles forem novamente condenados por homicídio, não poderão mais recorrer", explicou o advogado Julio Militão, que defende a família de Zanella.
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